Procurei a felicidade
No fundo do coração
Mas tenho dizer a verdade
Só lá encontrei o perdão.
Achei muito estranho
A felicidade não estar
O desgosto foi tamanho,
Do tamanho do mar.
Pensei que não seria
Nunca mais uma pessoa feliz,
Pensei que não sorriria
Como quando era petiz.
A felicidade não morava
Mais dentro do meu coração
A felicidade lá não morava
Só lá morava o perdão.
Fiquei muito triste
Depois da procura
E logo em riste
Surgiu a tristeza mais pura.
Tentei-lhe escapar
Para não ser apanhado
Mas mesmo à beirinha do azar
Lá fui eu caçado.
Fiquei refém da tristeza
Das lágrimas e da avareza,
Não lhes escapava de certeza
Se não tropeça-se na beleza.
Escondida a um canto
Estava a beleza mais bela
Mesmo escondida sobre um manto
Que não me deixava vê-la.
Quando a destapei
O meu olhar iluminado
Logo reparei
O que estava a meu lado.
Ao meu lado estava a força
A encabeçar um batalhão
De alegres sentimentos
Que habitam o meu coração.
Alegria, força, preserveransa,
Amizade, amor e bondade,
Fizeram renascer novamente
A noção de liberdade.
Foi então que decidi
Ao batalhão dos novos sentimentos me aliar
E só sei que combati
Incessantemente até os maus sentimentos expulsar.
Hoje podia dizer
Que sou livre novamente
Mas continuo a temer
Ser refém de repente.
Porque ao virar de cada esquina
A inveja, o ódio e o azar
Continuam a sua sina
De me tentar apanhar.
É a minha luta diária
Para bem da minha liberdade
Esta luta diário
Que travo ao lado da amizade.