Estava tudo combinado
Esta tudo pronto a acontecer
Por um raio fui fulminado
Quando disseste que não podia ser
O quarto arrumado
As bebidas geladas
O gelo ao lado
E as velas preparadas
Esperei este dia
Esperei aquele momento
Quando pensava nele sorria
Quando o imaginava perdia o discernimento
Sonhei com os nossos corpos
Suados de prazer
Sonhei com aquele momento
Sonhei que te iria ter.
Tudo planeado
Tudo arrumado
Tudo engendrado
E tudo arruinado
A tua essência de mulher
Não deixou o meu sonho se realizar
Tudo se arruinou
Quando o período acabou de chegar
Agora que fazemos?
Tu dizes que já não vens
Dizes que agora temos
Que esperar para a semana que vem
Mas eu queria estar contigo
Gostei de te conhecer
Podíamos estar só no mimo
Sem mais nada acontecer
Adorava ter-te cá
Mas a tua essência não deixou
Não te posso chamar de má
Porque agora outro ciclo começou.
Ai lave iu …..
Preparem as armas
E as munições
Esta velha guerra
É travada nos colchões
As mulheres defendem
Que são superiores
Os homens desmentem
Dizem que são os melhores
Nós somos mães
E nós somos pais
Nós damos à luz
Mas sem nós não engravidais
Nós amamentamos a criança
E nós amamentamo-vos a vós
Já faltava a estupidez
Estúpidas sois vós
Nós somos vossas escravas
Não digas mentiras
Nós fazemos toda a fascina
Fazeis? Tem dias.
Nós temos um dia internacional
Nós temos 364
Mas não está no calendário
Pois não, mas é um facto
Temos prioridade em barcos salva-vidas
Nós sabemos nadar
Somos carregadas na noite de núpcias
É para não te enganares no andar
Somos os primeiros reféns a serem libertados
É que nem os sequestradores vos aturam
Olha que fazemos greve de sexo
Não stress, umas notas essas greves furam
Se somos traídas somos vitimas
E se nos somos traídos vocês são putas
Mas se traímos vocês são cornos
E nós se traímos somos garanhões.
Não somos lésbicas
Por dormirmos com uma amiga
Nós também não
E não esperes que ela te diga.
Já demonstramos que somos superiores
E nós que somos melhores
Já tou farta de discutir
Porra, logo agora que me estava a divertir
Já nem sei que te diga
Nem eu, vamos acabar com esta briga?
Tá bem, mas vai com calma
Ok, agora cala-te e anda abafa-la.
Hoje tenho a certeza
Hoje sei que vou ganhar
Hoje sinto leveza
Hoje vou batalhar
Quero sair
Gritar a todo o mundo
Que não vou voltar a cair
Que comecei a sair do fundo
Hoje vou começar,
Pelas paredes do poço,
Começar a escalar,
Começar o meu esforço
Já vi o sol longe
Já vivi na escuridão
Agora vou voltar a subir
Vou abandonar a solidão
Sei que me vai custar
Que os dedos vão sangrar
Sei que a força vai faltar
Mas seu que eu vou lutar
Se voltar a cair
Para as profundezas deste poço
Vou voltar a tentar sair
Vou voltar a novo esforço
Porque o caminho é difícil
Com muitas armadilhas pelo meio
Mas seu que vou conseguir
Pois de vontade eu estou cheio
Vai haver mãos a puxar
E outras a empurrar
Vai haver ajudar para me levantar
E ajuda maior para me afundar
Mas eu sei que vou conseguir
Eu sou bem forte
Vou tentar sair e subir
Só serei parado pela morte.
Procurei um lugar
Procurei um país
Procurei trabalhar
Procurei ser feliz
Saí da minha terra
Deixei tudo ficar lá
Parti para uma nova guerra
Parti com uma mente sã
O tempo foi passando
E eu forte fui ficando
O trabalho foi andando
E a saudade apertando
Tudo o que abandonei
Tudo o que para trás deixei
Ema mais forte do que o que conquistei
Era maior do que o que arrecadei
Neguei tudo isto
Não podia ser fraco
Dizia se feliz
Mas de mentir estou farto
Faz-me falta o meu pai
A minha mãe e o meu irmão
Da minha cabeça nunca sai
Que até hoje os abandonei em vão
Pouco ou nada consegui
Pouco ou nada conquistei
Tudo aquilo que aqui vivi
Até isso detestei
Ganhei várias batalhas
Mas a guerra ainda não acabou
Cometi muitas falhas
E abandona-los foi onde tudo começou
A imensidão do meu quarto
Que não é meu de verdade
É um quarto alugado
Nem nele estou à vontade
Mas nessa imensidão
Quando as luzes se apagam
As saudades e a solidão
Parece que por mim se propagam
Quantas vezes eu chorei
Agarrado à travesseira
Quantas noites em claro passei
Por não ter a minha mãe à beira
Quantas vezes quis desistir
E voltar ao meu lugar
Ou pensei em construir
Nesta terra o meu lar
Mas como posso eu
Um pobre de Deus
Conseguir um lar meu
Se no banco me perguntam “tem bens seus?”
Que posso eu responder
Eu nada tenho
Que poderia eu fazer
Penhorar o meu engenho?
Desde cedo que eu tento
Fazer algo em que seja feliz
Mas desde cedo que não tenho
Coragem para fazer o que sempre quis
Sonhei se arquitecto
Mas não me deixaram mudar de escola
Não por falta de afecto
Mas por falta de “bola”
Decidi abandonar
O desporto em que diziam ser bom
Para fazer sem pensar
O desporto do meu irmão
O andebol ficou
E no Judo tento singrar
Não porque não goste de andebol
Mas porque o meu irmão quero “animar”
Hoje percorro tapetes
Sem muita convicção
Num desporto que eu faço
Mas não por paixão
Paixão eu tenho ao meu irmão
À minha mãe e ao meu pai
Hoje nada mais faço por paixão
Hoje por paixão nada me sai
Tenho saudades de tudo
Quando era feliz
Quando o meu mundo
Era um mundo petiz
Abandonei a família
O Jorge e a Adília
Abandonei o meu irmão
David o campeão
Hoje nada tenho
E no buraco me afundo
Choro baba e ranho
Procuro o meu mundo
Quero um mundo só meu
Quero ter algo meu
Mas nem com o que ganho ainda deu
Para criar o mundo meu
Eu não posso almoçar
Nem sequer jantar
Na casa da mama
Para poder poupar
Trabalho tudo o que posso
Para ver se junto algum
Mas quando olho para o bolso
Vejo o bolso em jejum
Há quem tenha sorte
E ainda bem que é assim
Mas porque foge a sorte?
Porque foge a sorte de mim?
Tenho saudades
Tenho vergonha
Tenho vontades
Mas devo ter “pessonha”
Gostava de ter a ajuda
Que felizmente o meu irmão tem
Mas decidi abandona-los
E cá acabo por não ter ninguém
No entanto agradeço
A família que Deus me deu
Aos amigos que fiz
A força que cada um me deu
Tenho que lutar
Nesta guerra que estou a perder
Para pouco a pouco conquistar
Para pouco a pouco vencer.
Não me sais da cabeça
Não me deixas dormir
Vejo sempre a tua dança
Vejo-te sempre sorrir.
Aquela noite na discoteca
Avistei-te no meio da multidão
E de uma forma discreta
Aproximei-me por entre a multidão
A música nada me dizia
Não ouvia nada em meu redor
Eu só sei que sentia
O mover das tuas ancas em meu redor
Fiquei hipnotizado
Com o teu balançar
O meu corpo suado
Foi levitando até a ti chegar
Olhei-te nos olhos
Escuros, de encantar
Hipnotizado fiquei
Com o seu cintilar
Olhas-te para mim
Paras-te a tua dança
A tua mão escorregou em mim
E à minha cabeça veio a lembrança
Eras tua a minha princesa
Companheira de à longos anos
Bailarina indefesa
Que em mim causa danos
Não danos por maldade
Nem serão danos verdadeiros
São danos de vaidade
São danos companheiros
Danos que e levam
A sempre procurar por ti
Dano que provocas-te
Da primeira vez que te vi
O teu baloiçar
O teu jeito de dançar
Fazem em mim despoletar
Um desejo maior de te amar
Este é um poema que tenta traduzir as conversas de uma familia normal, quando estão juntos.
Morreu a tia Quinhas
Mas tu viste aquele golo?
O gajo deve ser mariquinhas.
Dizem que houve dolo.
A massa está fria
Mas que raio de morte
Aqueles barcos que andam na ria
O gajo veio do norte
Põem a televisão mais alta
Hoje joguei futebol de salão
A minha mãe teve alta
Ao lanche bebi um galão
Que gaja boa ali vai
Eu quero rebuçados
Põem isso direito se não cai
Porra, tenho os cordoes desapertados
O meu chefe anda maluco
Tá calado de uma vez
Aprendi a escrever cuco
Que grande merda ele fez
Dói-me a barriga
Não tens nada que se coma
O João fez-me uma cantiga
Tem um acidente, está em coma
Olha, olha para aquilo
Já tou farto de te ouvir
Sabias que há um delta no Nilo
E o gajo começou a fugir
A gaja é tão boa
Eu não gosto de ervilhas
Eu disse joaninha voa voa
Eu prefiro o país das maravilhas
Tou a falar pró boneco?
Espera, deixa-me ouvir
Apareceu-me em mabeco
Foda-se, o velho começou a tossir
Que coisas o meu patrão tem
Preciso de comprar roupa
Eu na moto a cem
Olha que ela não poupa
Tenho uma coisa a dizer
Já sei, já sei
Olha estas calças para coser
Admito, eu sou gay.
Tu és o quê?
Eu sou gay
És gay porquê?
Aconteceu, não sei.
Filho meu paneleiro
És a desgraça da família
Eu um másculo torneiro
Que tenho um filho que é panila
Pára de chorar
A culpa é tu, mulher
Com a mania de o mimar
Agora abafar a palhinha ele quer.
Mas agora a sério
Eu não sou gay
Precisava era da vossa atenção
Para vos dizer que casei….
Os teus lábios de veludo
Tocaram nos meus
Esse teu toque carnudo
Fez-me bradar aos céus
A tua língua inquieta
A descobrir a minha boca
A tua língua inquieta
A sair da sua toca
A tua boca hoje sabe
A gelado de caramelo
Esse saber que abre
Caminho para o duelo
Os nossos lábios unidos
As nossas línguas a batalhar
Os meus olhos bem fechados
Para te conseguir saborear.
A minha boca descola
Numa viagem pelo teu pescoço
Nas tuas orelhas se enrola
A minha língua com gosto.
Vou distribuindo beijos
Entre o teu pescoço, orelhas e cara
Vai aumentando o desejo
De possuir a tua beleza rara.
Mudamos de papéis
Agora és tu a exploradora,
A senhora dos anéis,
Ou uma selvagem devoradora.
As minhas mãos também viajam
Entra as nádegas e o teu peito
Numa viagem interminável
Que terminar eu não vejo jeito
O toque dos teus dedos
Vai percorrendo o meu corpo ao de leve
Não sei se por teres medo
Ou para não deixares rasto na neve.
O teu cheiro que aspiro
Num misto de tabaco e perfume
É esse odor que respiro
Que me dá forças para chegar ao cume.
Que marotos os meus dedos
Que desabotoam a tua blusa
Querendo desvendar os segredos
Que guardas em ti, minha musa.
A cada botão que desaperto
O desejo em mim aumenta
O teu corpo vai ficando descoberto
E o meu coração quase rebenta.
Finalmente lá caiu
O primeiro bastião
A blusa lá saiu
A blusa foi para o chão
Parece que tu não queres
Que eu fique a ganhar
Pressa pareces ter
Para a minha t-shirt tirar.
Os teus seios tão belos
Tão firmes e perfeitos
Como eu adoro vê-los
Imaculados, sem defeitos.
Vou beijar o teu peito
Que reluz à minha frente
Vou tirando o soutien
Que desaparece de repente
Mas que obras de arte
Os teus peitos empinados
Como foi possível criar
Esses peitos tão delicados
Cobro-os de beijos
Carícias e lambidelas
Crescem em nós os desejos
Enquanto viajo por “elas”.
Afasto-me das tuas mamocas
E vou descendo o teu corpo
Cada vez mais longe dessas bombocas
Cada vez mais perto do meu horto.
Desaperto o botão
Enquanto beijo a tua barriga
O fecho abro com prontidão
Chega-me a lufada da tua “amiga”
Um para o chão
O outro também
Deitada no colchão
Saem os sapatos dos teus pés, meu bem.
As calças deslizam
Pelas ancas e pernas
No chão são deixadas
Agora sinto as tuas pernas
Que pele suave
Que pernas tão bonitas
Que aroma tão suave
Vem de entre essas pernas benditas.
Puxas-me para cima
Quando ao tesouro ia deitar mão
Empurras-me para o lado
E prostrado, fico eu no colchão.
Agora és tu que desapertas
As calças que eu tenho
Com calma, se não despertas
O monstro do engenho
Ele já à muito despertou
Mas continua enclausurado
Dos boxers não saltou
Mas parece já preparado
Lá se vão os sapatos
E as calças a seguir
Com o teu ar de felina
Lá começas a subir
Paras nos meus boxers
Como me querendo provocar
Sinto no meu sexo
O teu leve respirar
A tua mão acaricia
Com cuidado, mas com firmeza
O brinquedo que ali crescia
E se erguia com dureza.
Finalmente a luz do dia
Para o órgão enclausurado
Ele que pensava que iria
Ao abandono ser votado.
Que quente
Que delicada
Que húmida
Essa boca recatada
De beijos o encheste
Na tua boca desapareceu
Que sensação me crias-te
Nesta minha viagem ao céu.
Não aguento mais
Vou explodir
Isto é bom demais
Mas tenho que resistir.
Agora é a minha vez
De saborear o meu tesouro
Esse tesouro que tu tens mulher
Esse que não é feito de ouro.
Beijo o meu tesouro
Sobre as cuecas tão lindas
Um odor melhor que odor a ouro
Dá-me logo as boas vindas
Afasto as cuecas
Para poder observar
Que beleza ali se esconde
Que vontade de a beijar
As cuecas, como que por magia
Desaparecem do teu corpo
Eu quase que juraria
Que ou sonhava ou estava morto.
É que só lá no céu
Se pode ver algo de tão bonito
Talvez tapado por um véu
Talvez perdido naquele infinito
Começo a beijar
O meu horto de flores
Começo a sentir-te latejar
Começo as saborear os teus odores.
A minha língua vai brincando
Com o teu botão
O meu dedo vai entrando
Na tua escuridão
Sinto que estás a gostar
Sinto que estás a sentir
Sinto que te posso fazer delirar
Sinto que te posso fazer o orgasmo atingir.
Os teus gemidos enlouquecem-me
Fazem com que eu queria mais
Cada vez que os vais soltando
O desejo, em mim, cresce mais.
Pedes para que juntemos
Num único baú
O teu tesouro e o meu
Numa dança do Homem nu.
Foi a união perfeita
Não podia ser melhor
Foi a união perfeita
Vivida com fervor.
Percorremos todo o kamasutra
Percorremos os nossos corpos
Alimentamos os desejos
Até que eles ficassem mortos
Vimos as estrelas
Explodir de alegria
Vimos flores muito belas
Dançar como a muito eu não via
Viajamos quilómetros
Sem sair do lugar
No final os nossos corpos
Estavam no mesmo lugar
O suor escorria
Dos corpos desnudos
Os corpos cheios de alegria
E nós ofegantes e mudos
Chegas-te lá
Atingis-te o orgasmo
Pergunto eu envergonhado
Um pouco ainda no marasmo.
Dizes-me que sim
Mais que uma vez
E isso cria em mim
Um sentimento de altivez
Tive prazer redobrado
Porque consegui lá chegar
Será que a tirei levado
A também ela gostar?
Espero que sim
Porque se o orgasmo não atingiu
A ejaculação que eu tive no fim
Para mim de nada serviu
Mas acredito que tenha atingido
O prazer mais puro
As carícias que depois trocamos
Maravilhoso, voltou a pôr-me duro.
Obrigado a todas as mulheres que fizeram e fazem parte da minha vida. Para mim são a maravilha do mundo numero 1. Sei que a experiencia não é muita, podemos mesmo dizer que é nenhuma, mas espero que tenha conseguido, através dos filmes porno que vi, traduzir uma noite de sexo e paixão.
Beijinhos e abraços.
É verdade, eu continuo virgem e não é de signo..
Hoje, por fim senti
Algo porque ansiava
Algo vindo de ti
Mas que nunca alcançava
Hoje por fim senti
O toque da tua mão
Nesse momento renasci
Reacendeu-se o fogo no meu coração
A tua mão a deslizar
Com cuidado e ternura
Consegui por ela travar
A batalha mais dura
Hoje por fim senti
A tua mão de veludo
Que me fez esquecer que cresci
Fez-me sentir de novo um miúdo.
Não sei se sonhei
Se é realidade
Verdadeiramente não sei
Se isto é mesmo verdade
Eu sonhei
Que o Homem fazia a guerra
Em vez de promover a paz
Será que é verdade, que é isto que ele faz?
Eu sonhei
Que havia crianças maltratadas
Em vez de serem amadas.
Há mesmo pessoas assim tão maradas?
Eu sonhei
Que há pais a matar os filhos.
Mas não os deviam antes amar?
Que se está aqui a passar?
Eu sonhei
Que estava a sonhar.
Tinha esperança que ao acordar
A podridão do mundo fosse só eu a sonhar
Mas eu sonhei
Ou será que o vivi?
Já nem sei
Mas se o sonhei
Um pesadelo bem grande eu “vi”
Tenho sono
Quero dormir
Deixar o meu ser vaguear
Deixar a minha alma ir
Tenho sono
Preciso de descansar
Não aguento tanto tempo
Acordado a espera de te ver chegar
O sono já me invadiu
De uma maneira letal
A minha cabeça fugiu
Para ou plano astral
Tenho sono
Tenho os olhos a fechar
Um peso no meu peito
Que me dificulta o respirar
Tenho sono
Nada ouço ao meu redor
Nesta cama tão grande
Espero por ti amor
Tenho sono
Mas não consigo dormir
Não consigo tirar da ideia
A imagem de nós dois a discutir
Tenho sono
Mas não durmo sereno
Tenho medo que a guerra
Também invada o meu terreno
Tenho sono
Mas não durmo
Também não acordo
Mas tenho sono
. ADEUS
. PORTUGAL
. SOZINHO
. Beijo