Quinta-feira, 30 de Agosto de 2007

Luta diária

Procurei a felicidade

No fundo do coração

Mas tenho dizer a verdade

Só lá encontrei o perdão.

 

Achei muito estranho

A felicidade não estar

O desgosto foi tamanho,

Do tamanho do mar.

 

Pensei que não seria

Nunca mais uma pessoa feliz,

Pensei que não sorriria

Como quando era petiz.

 

A felicidade não morava

Mais dentro do meu coração

A felicidade lá não morava

Só lá morava o perdão.

 

Fiquei muito triste

Depois da procura

E logo em riste

Surgiu a tristeza mais pura.

 

Tentei-lhe escapar

Para não ser apanhado

Mas mesmo à beirinha do azar

Lá fui eu caçado.

 

Fiquei refém da tristeza

Das lágrimas e da avareza,

Não lhes escapava de certeza

Se não tropeça-se na beleza.

 

Escondida a um canto

Estava a beleza mais bela

Mesmo escondida sobre um manto

Que não me deixava vê-la.

 

Quando a destapei

O meu olhar iluminado

Logo reparei

O que estava a meu lado.

 

Ao meu lado estava a força

A encabeçar um batalhão

De alegres sentimentos

Que habitam o meu coração.

 

Alegria, força, preserveransa,

Amizade, amor e bondade,

Fizeram renascer novamente

A noção de liberdade.

 

Foi então que decidi

Ao batalhão dos novos sentimentos me aliar

E só sei que combati

Incessantemente até os maus sentimentos expulsar.

 

Hoje podia dizer

Que sou livre novamente

Mas continuo a temer

Ser refém de repente.

 

Porque ao virar de cada esquina

A inveja, o ódio e o azar

Continuam a sua sina

De me tentar apanhar.

 

É a minha luta diária

Para bem da minha liberdade

Esta luta diário

Que travo ao lado da amizade.

 

sinto-me: BEM
publicado por sensei às 15:07

link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito
Terça-feira, 28 de Agosto de 2007

Mulheres.

Mulher, que dás vida a vida

Que foste oprimida

Mas te soubes-te libertar.

 

Esposa, que por amor te casa-te

Do teu ventre nasceram filhos que amas-te

Mas que muitos não te souberam amar.

 

Consorte, que de todos cuidas-te

Com todos te preocupas-te

Mas não conseguis-te parar.

 

Cônjuge, que por vezes foste esquecida

Muitas mais fostes reprimida

Mas sempre o teu esposo soubes-te saciar.

 

Fêmea, que ao teu lar foste votada

A ele foste amarrada

E nunca te conseguiste safar.

 

Senhora, que nome tão bonito

várias vezes ouvido

Mas que o Homem não soube respeitar.

 

Dama, que foste muitas vezes usada

Muitas menos foste amada

Por quem jurou te amar.

 

Dona, que a ti nada pretencia

Pois o Homem só te via

Um objecto para utilizar.

 

Matrona, que não tinhas opinião

Não tinhas um tostão

Mas tinhas uma casa para governar.

 

Mulherio, que tantos trapos lavas-te no rio

Ao calor e ao frio

Mas mesmo doente tinhas que ir lavar.

 

Mulherame, que em casa ficavas

Da lide tratavas

Para a noite o teu marido saciar.

 

Mulherum, que tanto sofrias

Por vezes nem comias

Para a fome aos teus filhos matar.

 

Mulherada, que merecias ser muito mais amada

Que felizmente foste emancipada

Mas que não devolvem o tempo que vos acorrentaram

E que muitos Homens ainda não perceberam que vos libertaram.

 

publicado por sensei às 11:11

link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito
Segunda-feira, 27 de Agosto de 2007

Será

Vais saber o meu nome,

Quando nos cruzarmos

Num local qualquer

Meses depois de nos separarmos?

 

Será que vais sentir o meu cheiro

Que agora dizes sentir

Será que nessa altura não será veneno

Pelas tuas narinas a subir?

 

Quando te convidar para sair

Será que vais aceitar?

Ou será que me vais fugir,

Ou vais simplesmente o convite negar?

 

Será que te vais lembrar

Do tempo que passas-te comigo

Ou nao te vais querer deles recordar

Vais-te refugiar no teu umbigo?

 

Será que vais conseguir

Mudar um bocadinho que seja

Ou será que te vais fechar

Para que ninguem te veja?

 

Porque beleza tu tens

Disso eu não duvido

Mas essa beleza que tens

É tapada pelo teu umbigo.

 

Será que vais ter coragem

Para te entregares

Ao sortudo que te cativar

E nos braços dele te abandonares?

 

Porque eu tenho a certeza

Que vais ser muito feliz

Desde que consigas te dar

Desde que não empines o nariz.

 

Será que vais saber o meu nome

Será que vais saber quem eu sou

Será que vais sentir o meu cheiro

Ou será que tudo o tempo já matou?

publicado por sensei às 16:39

link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito
Sexta-feira, 24 de Agosto de 2007

Saudade da pianista

Esta é a história da pianista

Que tocava no bar da minha rua.

Esta é a história do pianista

Mas podia ser também a tua.

 

Lembro-me dos temas que tocava

No piano que no bar havia

Estava sempre a espera quando começava

E só quando acabava me ia.

 

Os dedos dela bailavam

Pelas teclas brancas e negras

Um som belo gritavam

Um som belo sem regras.

 

O som era livre como um pássaro

Que esvoaça pelo céu

Nos meus ouvidos entrava

O som que era só seu.

 

Lembro-me do seu lindo cabelo

Castanho, encantador.

Lembro-me dos seus lindos olhos

Verdes, como o jardim em redor.

 

As noites podiam ser frias

Ou mesmo quentes no verão

Mas eram sempre lindas melodias

Que saiam da sua mão.

 

Lembro-me de imaginar

Ao ouvir tamanha beleza

Eu sozinho a caminhar

Sobre as nuvens com leveza.

 

Nunca me satisfazia

Nem nunca me enjoava

Toda aquela melodia

Que o piano dela me dava.

 

Um dia ela não apareceu

E o tempo teimava em não passar

Mas no lugar que era só seu

Um homem ousou-se sentar.

 

Mas a musica não era a mesma

Não era tão cintilante

Faltava a musica dela

Faltava o seu semblante.

 

O tempo foi passando

Nunca mais por ali passou

Nunca mais o bar foi o mesmo

Nunca mais, da mesma maneira aquele piano soou.

 

Deixei de lá entrar

Porque muita era a tristeza

A saudade ocupava o meu coração

Saudade da sua musica e beleza.

 

Um dia ia eu a passar

Para me refugiar no meu quarto

Quando ouvi novamente soar

Aquela musica, da qual não me farto.

 

Entrei, seguindo o coração

Que com velocidade batia

Segui por entre a multidão

Procurei mas não a via.

 

O piano não estava

No sitio que devia estar

Mas o som continua

Por mim a chamar.

 

Vi-a resplandecente

No outro lado do bar

Aquele aspecto reluzente

Fez o meu coração parar.

 

Cheguei-me ao pé dela

Para a ver e ouvir melhor

Não que eu precisasse de revê-la

Pois eu conhecia o seu aspecto de cor.

 

Mas as feições eram tão diferentes

O cabelo não era seu

O aspecto um pouco deprimente

Muito parecido com o meu.

 

Perguntei que era feito dela

Que tinha saudades de a ouvir tocar

Se ela tinha regressado

Se ela voltava para todas as noites tocar.

 

Foi então que lhe correu

Rosto abaixo sem hesitar

Uma lágrima cristalina

Uma lágrima de azar.

 

Disse-me que me via todas as noites

Que ali actuava

Que nunca teve coragem

Para me perguntar como me chamava

 

Que tinha uma atracção por mim

Tal como eu por ela

Mas que estava a chegar o seu fim

A barca já esperava por ela.

 

Esta era a ultima vez

Que iria actuar

Ia deixar os palcos de vez

Para outro lado ia morar.

 

Mas que saudade me invadiu

O coração naquele momento

Foi ali que tudo ruiu

Foi ali que começou o meu tormento.

 

Perguntei se era casada

Ou se tinha namorado

Respondeu-me que era solteira

Que ele a tinha deixado.

 

Num ataque de amor

Pedi-a em casamento

Um sorriso, misturado com dor

Disse sim, com contentamento.

 

Mas alertou-me que não teria

Muito mais tempo neste mundo

Que um cancro a iria

Levar para bem fundo.

 

Não me importei com isso

E dois dias depois

Assumi o compromisso

Assumi que agora éramos dois.

 

Foram os 6 meses

Mais felizes da minha vida

E eu que podia ter pedido tantas vezes

Para ela ser a minha querida.

 

Tenho saudades desses tempos

Não só quando com ela vivi

Mas dos tempos dos concertos

Que eram maravilhosos, e eu ouvi

 

Hoje também os oiço

Não da mesma forma

Mas sempre que os recordo

A alegria ao meu coração torna

 

Hoje quando estou triste

E de tudo quero desistir

Lembro-me dos tempos dos concertos

Sinto a tristeza a sair

 

A pianista do bar da esquina

Partiu para nunca mais voltar

Mas a musica que ela tocava

No meu coração não parará de soar.

sinto-me: Bem
publicado por sensei às 10:43

link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito
Quinta-feira, 23 de Agosto de 2007

Regresso ao presente

São dez da manhã de domingo

E eu sem nada para fazer

Procuro no parque um sítio

Onde me possa perder.

 

Ao meu lado, um velho sentado

Com um cheiro a álcool e suor

O olhar perdido no espaço

Uma cara rasgada de dor.

 

É então que percebo

Que a vida que tenho

É um mar de rosas

E que de um berço de ouro eu venho.

 

Ouço a musica ecoar

Dentro do meu coração

Vejo a esperança desabrochar

Mostrando que melhores tempos virão

 

É que eu no final

De nada me posso queixar

 

São dez da manhã de domingo

E encontrei a sorte

A força que trago comigo

A força que me afasta da morte.

 

Porque houve tempos

Em que preferi morrer

Mas depois vieram ventos

Que me fizeram renascer.

 

Essa alma que se sentou

Comigo naquele Domingo

Não imagina como me ajudou

A retomar o caminho.

sinto-me:
tags: ,
publicado por sensei às 12:44

link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito
Quarta-feira, 22 de Agosto de 2007

A merda da minha vida

Hoje estou vazio

Não tenho nada dentro de mim

Estou vazio

Não sei porque me sinto assim

 

Hoje estou vazio

Sinto o coração bater

Mas até mesmo ele

Começo a ter medo de perder

 

Hoje estou vazio

De uma tristeza sem fim

Uma escuridão interior

Não existe luz em mim

 

Hoje estou vazio

Nada me sai do interior

Nada consigo criar

Nada consigo expor

 

Gostava de hoje ser uma música alegre

Algo com luz e cor

Mas hoje sou um fado sentido

Um fado sem alma, só dor.

 

Hoje não sei o que faço

Nesta terra de encanto

Não sei pelo que passo

Porque sofro eu tanto.

 

Hoje queria ser o sol

Na vida de alguém

Mas hoje a noite perdura

O dia nunca mais vem.

 

Gostava de caminhar alegre

Correr, saltar e brincar.

Mas sou a chuva que estraga tudo

Aquela que não nos deixa na rua andar.

 

Sou o contrário de Midas

Que tudo o que tocava virava ouro

Sou mais um arqueólogo

Que ainda procura o tesouro.

 

Mas ele não aparece

E eu começo a ficar cansado

Ele foge de mim, sempre,

Eu começo a ficar desanimado.

 

Hoje queria cantar

Mas hoje nao tenho voz

Hoje queria gozar

Mas só se gozar de uma tristeza atroz.

 

Tenho a vida que construi

Nos alicerces que me deram

Totalmente ainda nao ruí

Mas que outra coisa voces esperam.

 

Tou farto de tudo a minha volta

Tou farto de tudo dentro de mim

Começo a sentir a revolta

Eu sei bem que não devia ser assim

 

Gostava de ser feliz

De ter apoio no que quero fazer

Sei que ainda pouco fiz

Mas nada consegui ter.

 

Não tenho nada, não sei porquê

Não tenho nada de valor

De valor material, queria eu dizer,

Por ainda conservos alguns amigos em meu redor.

 

Mas alguns desses amigos

Só se lembram de mim de vez em quando

Poucos são os que me olham

Nas vezes que eu em baixo ando.

 

Mas a vida não pode ser só lamurias

Muito não nos podemos queixar

Eu gostava de poder dizer

Que tenho algo para me recordar.

 

Há coisas que me lembro sempre

Mas nem sempre as recordo

Porque só as sinto como boas

No momento em que acordo.

 

Porque depois o dia

Que me faz sempre atinar

Tem o condão de me dizer

Que mais uma vez eu estava a errar.

 

Errava na maneira como pensava

No que pensava tambem

Porque quase tudo o que eu fiz

Não se pode dizer que fiz bem.

 

Hoje de pouco me orgulho

Porque nada tenho para me orgulhar

Mas quando tento recordar algo que me orgulhe

Tenho dificuldade em encontrar

 

Podia-me orgulhar

De ter tido várias mulheres

De ter feito sexo com elas

De lhes ter mostrado vários prazeres.

 

Mas hoje vejo que afinal de nada serviu

Continuo sozinho na minha cama

Há noites em que tenho frio

Há dias em que penso que ninguem me ama.

 

Sei que há quem me ame

Sei que ha quem goste de mim

Mas não há nada que me trame

Mais do que ter pena de mim.

 

Mas as forças já faltam

Já não tenho o encanto que tinha

Não me perguntem como o fazia

Nem de onde o encanto vinha.

 

Hoje sou mais solitário

Mais só e mais tristonho

Hoje sou muito mais otário

Hoje acordei do meu sonho.

 

Nada tenho, nada sou

Nada consigo, nada conquisto

Não sei de onde vim nem para onde vou

Só sei que nunca mais saio disto.

 

A minha vida é uma merda

E nunca mais dela saio

A minha vida é um teatro sem regra

Sem ponto e sem ensaio.

 

Mas sou um mau actor

Não sei sequer cantar

Sou o cúmulo do fedor

Só espero que a barca não tarde para me levar....

sinto-me: Cá ando
tags: , ,
publicado por sensei às 13:37

link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito

...

Tenho uma vida de merda

Não porque não tenha que comer

Tenho uma vida de merda

Porque não gosto do que tenho que fazer.

 

Durante muito tempo,

Vivi na ilusão

Encontros com mulheres

Em troca de tesão.

 

Tive muitas mulheres

Na minha vida curta

Tive muitas mulheres

Para as quais eu não passava de uma puta.

 

Marcava encontros com elas

Bebiamos uma bebida

No meu quarto ou no delas

Criavamos uma cena divertida.

 

Tive desde de solteiras

Casadas e divorciadas

Desde colegiais, a depravadas

De ingenuas a safadas.

 

Nunca aceitei

Porque não querer marcar ninguem

Estar com mulheres virgens

Porque preferia que as desflora-se alguem.

 

Não por ter nojo do sangue

Ou de coisas do género

Mas acho que não sou pessoa indicada

Para a marcar de forma tão afincada.

 

publicado por sensei às 11:46

link do post | comentar | favorito
Segunda-feira, 20 de Agosto de 2007

O TEATRO DA NOSSA VIDA

A vida é a nossa peça de teatro

Onde não temos repetições,

Não temos ensaio nem segundo acto

Não temos guião nem restrições.

 

Somos os unicos actores

Nesta peça de encantar

Minhas senhoras e meus senhores

Está aqui uma nova peça para encenar.

 

É no nascimento que começa

Com a ajuda de toda a gente

Uma nova e linda peça

Uma nova e linda mente.

 

É uma mente que vai traçar

Os traços do seu guião

No inicio para começar

São os pais que lhe dão a mão.

 

Porque todos nós sabemos

Pelo que dizem os artistas

Que no mundo do espectáculo

Há sempre muitos vigaristas.

 

Quando sabemos actuar,

Escrever e encenar,

Somos nós que começamos

A pensar um novo artista criar.

 

O pano só uma vez se fecha

Nesta peça da nossa vida

No final só podemos ter uma deixa

Dizer que foi bem vivida....

 

sinto-me: Bem
tags: ,
publicado por sensei às 11:32

link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito
Quinta-feira, 16 de Agosto de 2007

Amante

Contratei uma prostituta

Para me prestar os seus serviços

Mas ela muito astuta

Embriegou-me com os seus vicios

 

Agora não sei o que faço

Para os vicios deixar

Era rijo como o aço

Até ela ao meu coração chegar.

 

Já não sei se como,

se durmo ou se descanso

Só sei que do seu vicio

Eu nunca mais me canso.

 

Ela disse-me uma coisa

Quando comigo foi ter

Não tinha lógica na altura

MAs agora começa a ter.

 

Todos nós só precisamos

De um pequeno empurrão

Depois já nós propios amamos

Mesmo do fundo do coração

 

E esse empurrão só é preciso

Para dizer-mos a primeira vez.

Depois até com um riso

O repetirmos de quando em vez.

 

E é nisso que banalizamos

Algo de tão importante

É nisso que desprezamos

O verdadeiro conceito de amante.

 

Porque amante não é o que trai

Não é o que ajuda a trair

É aquele que não sai

Da nossa beira até nos ver sorrir.

 

Porque só quem bem nos faz

Que nos faz mesmo feliz

É o nosso amante audaz

Seja ele velho ou petiz.

 

Porque amante e sexo

Podem nada ter a ver

Pensamos que separados não tem nexo

Mas basta os velhinhos ver.

 

Amante é um Amigo,

A familia ou mesmo um animal

Que está sempre comigo

Que só me quer ver bem e nunca mal.

 

Mas só isto não basta

Porque então nunca mais iam acabar

Amigo é aquele que nos arrasta

Para longe da tristeza sem cessar.

 

Amigos eu cá vos digo

Que com uma prostutita muito aprendi

Deixei de olhar só o meu umbigo

E da solidão desisti.

 

Percebi o que é amor

Sexo e amizade.

Percebi que o rancor

É pior que a vaidade.

 

Porque vaidade todos temos

E até pode ser boa.

Rancor todos dizemos

Que só vemos na outra pessoa.

 

publicado por sensei às 15:10

link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

a morte do artista

Tentei escrever

Algo que fosse engraçado

Mas depois comecei a ver

Que não passo de um desgraçado

 

tentei escrever

Algo de fosse real

Mas comecei a escrever

Algo que me seria fatal

 

tentei escrever

algo inteligente

Mas depois que iria ler

Certamente não muita gente

 

tentei escrever

algo que fala-se de sexo

Gostaria eu de ter

Escrito algo com nexo

 

tentei escrever

algo saido de mim

Mas logo comecei a feder

A morte ja habita em mim

 

Tentei escrever

algo do meu coração

mas nunca la nada consegui reter

Amor, ódio ou compaixão.

 

tentei escrever

algo genial

Nunca o conseguiria fazer

não passo de um animal

 

Hoje senti que acabei

a minha obra superior

O que escrevi eu nao sei

Mas nunca vou conseguir melhor

 

Estas são as palavras

Que escrevo antes de morrer

O artista que vós vedes

nunca mais ireis voltar a ver.

publicado por sensei às 14:47

link do post | comentar | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.Dezembro 2008

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

.posts recentes

. Novo blog

. ADEUS

. PORTUGAL

. IGNORANCIA

. Mas que noite...

. SOZINHO

. Faltas-me tu

. Beijo

. Tenho medo de morrer

. O mundo pode acabar

.arquivos

. Dezembro 2008

. Outubro 2008

. Setembro 2008

. Agosto 2008

. Julho 2008

. Junho 2008

. Maio 2008

. Abril 2008

. Março 2008

. Fevereiro 2008

. Janeiro 2008

. Dezembro 2007

. Novembro 2007

. Outubro 2007

. Setembro 2007

. Agosto 2007

. Julho 2007

. Junho 2007

. Maio 2007

.tags

. todas as tags

.links

.Contador

clasificados
clasificados
blogs SAPO

.subscrever feeds