As palavras que proferiste
Foram duras e aguçadas
Foi com elas que me feriste
Logo após serem arremessadas
As palavras não voltam mais
Depois de as dizeres
Ficam marcadas nos anais
Descrevem ódios e prazeres
As que ontem proferiste
Denotavam mágoa e amargura
Tu estavas de espada em riste
Tu eras uma guerreira dura
Não tinhas razão
Para me magoares daquela maneira
De ferires o meu coração
De o deixares com farpas de madeira
Eu sei que tu erraste
E tu hoje sabes também
Aquilo foi um desastre
Foi algo que não te ficou bem
O teu orgulho não permite
Que me voltes a falar
Nem movido com dinamite
Esse orgulho eu iria derrubar
Tenho pena que assim seja
Que te deixes influenciar
Por alguém que te inveja
E que finge te querer ajudar
Sabes onde estou
A lamber as feridas
De lá sair não vou
Não desperdices mais oportunidades das nossas vidas….
Procurei no espelho
A razão do meu ser
Procurei um conselho
Na figura que estava a ver
O que faço eu aqui
Qual o propósito desta viagem
Porque é que eu nasci
Porque me falta a coragem?
Não sou descobridor
Nem sei sequer navegar
Não sou conquistador
Eu nem sei sequer lutar
Sou tímido, sim senhor,
Envergonhado por natureza
Tenho um íman em meu redor
Que só atrai a avareza
Porque caminho eu na Terra
Qual é a minha missão
Que segredos a vida ainda encerra
Qual será a minha lição
Será que vivo como devo
Como Deus nos ensinou
É que no fundo eu temo
Temo não saber para que lugar eu vou
Não sei quem sou eu
Não sei se me conheço
Por debaixo deste véu
Não sei se me reconheço
Sou o que dizem que sou
Ou serei algo diferente
Este dúvida sempre me atormentou
E não me permitiu olhar em frente
Sou gentil e inteligente
Ou serei má pessoa
Serei um ser deprimente
Que os outros sempre magoa?
O que sou eu?
Quem sou eu?
Será que há eu?
Será que eu sou mesmo eu?
A noite quente de Verão,
Escondeu na escuridão,
O som do teu chegar
A cor do teu batom,
Escondeu da multidão
O sabor do teu beijar.
Aquele leve vestido,
Mais tarde despido,
As tuas curvas estava a realçar.
A tua cara bonita,
De menina jovenzita,
Que logrou me encantar.
O teu cabelo
Tão liso, tão belo,
Deixou-me a flutuar
Sobre os teus peitos,
Tão delicados e perfeitos,
Eu quis ter lugar
No teu quarto,
O teu belo recanto,
Deixamo-nos embalar.
No teu regaço,
Com algum embaraço,
Eu fui brincar.
Eras tão bela, Flor,
No meu peito provocas-te um ardor
Que alguém teimou em apagar.
Quando no corredor,
Já nós cheios de suor,
Ouvimos alguém caminhar,
Era o teu namorado,
Esse desgraçado,
Que acabava de voltar.
Mais cedo que o normal,
Logo hoje, esse animal,
Tinha que cedo regressar.
Fugi pela janela,
Fui mordido pela tua cadela,
E não pude gritar.
A roupa lá caía,
Enquanto eu corria,
Para me poder abrigar,
Nu, pelado lá ia,
O mais rápido que podia,
Para me tentar agasalhar
Para trás nem olhava
Pois só me importava
Depressa dali bazar
Agora que escrevo,
Estes versos, este enredo,
É que estou a pensar
Sete pontos eu levei
A queca eu não dei
Nessa noite de AZAR….
Hoje estou vazio
Não tenho nada dentro de mim
Estou vazio
Não sei porque me sinto assim
Hoje estou vazio
Sinto o coração bater
Mas até mesmo ele
Começo a ter medo de perder
Hoje estou vazio
De uma tristeza sem fim
Uma escuridão interior
Não existe luz em mim
Hoje estou vazio
Nada me sai do interior
Nada consigo criar
Nada consigo expor
Gostava de hoje ser uma música alegre
Algo com luz e cor
Mas hoje sou um fado sentido
Um fado sem alma, só dor.
Hoje não sei o que faço
Nesta terra de encanto
Não sei pelo que passo
Porque sofro eu tanto.
Hoje queria ser o sol
Na vida de alguém
Mas hoje a noite perdura
O dia nunca mais vem.
Gostava de caminhar alegre
Correr, saltar e brincar.
Mas sou a chuva que estraga tudo
Aquela que não nos deixa na rua andar.
Sou o contrário de Midas
Que tudo o que tocava virava ouro
Sou mais um arqueólogo
Que ainda procura o tesouro.
Mas ele não aparece
E eu começo a ficar cansado
Ele foge de mim, sempre,
Eu começo a ficar desanimado.
Hoje queria cantar
Mas hoje nao tenho voz
Hoje queria gozar
Mas só se gozar de uma tristeza atroz.
Tenho a vida que construi
Nos alicerces que me deram
Totalmente ainda nao ruí
Mas que outra coisa voces esperam.
Tou farto de tudo a minha volta
Tou farto de tudo dentro de mim
Começo a sentir a revolta
Eu sei bem que não devia ser assim
Gostava de ser feliz
De ter apoio no que quero fazer
Sei que ainda pouco fiz
Mas nada consegui ter.
Não tenho nada, não sei porquê
Não tenho nada de valor
De valor material, queria eu dizer,
Por ainda conservos alguns amigos em meu redor.
Mas alguns desses amigos
Só se lembram de mim de vez em quando
Poucos são os que me olham
Nas vezes que eu em baixo ando.
Mas a vida não pode ser só lamurias
Muito não nos podemos queixar
Eu gostava de poder dizer
Que tenho algo para me recordar.
Há coisas que me lembro sempre
Mas nem sempre as recordo
Porque só as sinto como boas
No momento em que acordo.
Porque depois o dia
Que me faz sempre atinar
Tem o condão de me dizer
Que mais uma vez eu estava a errar.
Errava na maneira como pensava
No que pensava tambem
Porque quase tudo o que eu fiz
Não se pode dizer que fiz bem.
Hoje de pouco me orgulho
Porque nada tenho para me orgulhar
Mas quando tento recordar algo que me orgulhe
Tenho dificuldade em encontrar
Podia-me orgulhar
De ter tido várias mulheres
De ter feito sexo com elas
De lhes ter mostrado vários prazeres.
Mas hoje vejo que afinal de nada serviu
Continuo sozinho na minha cama
Há noites em que tenho frio
Há dias em que penso que ninguem me ama.
Sei que há quem me ame
Sei que ha quem goste de mim
Mas não há nada que me trame
Mais do que ter pena de mim.
Mas as forças já faltam
Já não tenho o encanto que tinha
Não me perguntem como o fazia
Nem de onde o encanto vinha.
Hoje sou mais solitário
Mais só e mais tristonho
Hoje sou muito mais otário
Hoje acordei do meu sonho.
Nada tenho, nada sou
Nada consigo, nada conquisto
Não sei de onde vim nem para onde vou
Só sei que nunca mais saio disto.
A minha vida é uma merda
E nunca mais dela saio
A minha vida é um teatro sem regra
Sem ponto e sem ensaio.
Mas sou um mau actor
Não sei sequer cantar
Sou o cúmulo do fedor
Só espero que a barca não tarde para me levar....
Porque sera que as pessoas por vezes estragam tudo num momento?
Hoje o meu dia estava a correr bem, estava a sentirme bem a conseguir-me alhear minimamente dos problemas que me afectam a mim e a minha familia, mas de repente tudo se acaba.
A minha ex-namorada, acredito que nao por mal, brincou com uma coisa que nao admito a ninguem. Ela diz que nao me quis ofender, mas no fundo foi o que conseguiu fazer. Ela pos uma opcao que nunca devia ter posto ninguem, muito menos ela que me deveria conhecer minimamente, Eu nao admito que gozem com a minha familia, muito menos com a situacao que agora estamos a atravessar, e por a hipotese que ela pos e que nao vou dizer qual foi, acho que e a pior coisa que hoje me podiam ter dito.
Nos nestes ultimos tempos ate nos tinhamos entendido bem, tinhamos falado muito, tenhamos estado em contacto. Podia esperar aquela "boca" ou brincadeira de qualquer pessoa, menos da minha ex.
Ela conseguiu fazer-me enterrar na merda de novo.
porque sera que as pessoas, quando tudo esta bem ou caminha para estar bem, estragam tudo? Sera que e do ser humano o querermos estar sempre a destruir o que construimos para depois reconstruir de novo?
Tou farto disto tudo, preferia nao estar ca.
Beijinhos e abraços
. EU
. O meu valor deve ser mesm...