Quinta-feira, 4 de Dezembro de 2008

Novo blog

Link para o meu novo cantinho.... Espero lá por voces.
Obrigado por lerem os devaneios que escrevo.


publicado por sensei às 11:07

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Quinta-feira, 31 de Julho de 2008

Deixa-me desaparecer

 

Porque tudo parece errado
Porque tudo parece não bater certo
Porque tudo me parece empurrar para o deserto
Porque tudo me mete medo?
 
Houve uma altura em que lutei por ti
Onde me esforcei para te ter
Contra tudo e todos combati
E tu nunca me quiseste corresponder
 
Como podes agora voltar
Dizer que comigo queres ficar
Como podes sequer ousar me amar
Quando eu já estava a definhar?
 
Quero desaparecer
Ir para longe deste lugar
Não ter ninguém para ver
Não ter ninguém para falar
 
Quero desaparecer daqui
Procurar outro lugar
Talvez lá nunca sinta o que cá senti
Talvez lá possa recomeçar
 
Hoje que me curei das feridas que me fizeste
Hoje que já não luto com fantasmas
Hoje que consigo ser a amiga que pediste
É hoje que dizes que me amas?
 
Porque não te decidiste antes
Porque não me quiseste a teu lado
Porque é que não passamos de amantes
Porque não me fizeste sentir um ser amado?
 
Deixa-me agora desaparecer
Quero outro lugar
Não te consigo perceber
É isso que me está a magoar.
 
Como posso agora eu viver
Neste misto de emoções
Uma parte querendo-te ter
Outra, dando-me grandes sermões.
 
Como posso saber a verdade
Se realmente me queres e me amas
Ou se não é somente vaidade
E isto não é mais uma das tuas tramas.
 
Peço-te um favor
Vamos ser só amigos
Não vamos fazer amor
Não vamos sequer trocar mimos
 
Vamos deixar a poeira assentar
Depois podemos ver como estamos
Podemos até recomeçar
Mas desta vez a saber que nos amamos
 
Mas agora deixa-me ir
Deixa-me desaparecer
Pois ainda recordo o teu sorrir
E é essa a recordação que de ti quero ter
 
Também tenho alguém a entrar
Na minha vida, no meu coração
Alguém me está a tentar sarar
Estas feridas que ainda cá estão
 
Não te minto, nem te vou enganar
Não é ele a minha paixão
Mas está a fazer tudo para poder ocupar
Um espaço principal no meu coração
 
Mas não é por ele que te digo não
Eu quero mesmo estar sozinha
Quero curar o meu pobre coração
Quero faze-lo por mim, sozinha
 
Por isso quero desaparecer
Fugir, talvez para depois voltar
Talvez já em condições de te ter
Talvez para te reconquistar
 
Não e um adeus, é um até breve
E prometo não ter ninguém
Quando voltar pagas o café que me deves
E vemos se tudo pode ficar bem
 
Se por acaso arranjares um princesa
Só quero que sejas feliz
Que a trates com delicadeza
Que a trates como sendo o maior tesouro do país.
 
Mas agora deixa-me desaparecer
Preciso de me encontrar
Deixa o tempo correr
Deixa as feridas sarar
 
Deixa-me, não me amarres
Liberta-me da tua rede
Vou estar perdida nos rios e mares
Lembra-te de mim a cada copo que te mate a sede.

 

 

 

 

publicado por sensei às 14:04

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Quarta-feira, 28 de Maio de 2008

Fortuna?

 

De que me adianta ter olhos, se não consigo ver
De que adianta ter ouvidos, se não posso ouvir
De que adianta te conhecer, se não te posso ter
De que adianta te convidar, se tu não podes vir
 
Não me adianta ter dinheiro para gastar
Se não tenho ninguém para me acompanhar,
Ou ter uma casa enorme para morar
Se não há ninguém para a ocupar,
Ter um barco enorme para navegar
E não ter onde nadar,
Ter carros e motos para guiar
E não ter ninguém para o caminho me indicar.
 
De que serve a minha fama, se ninguém me ama,
Ou morar num castelo, se não gosto da cama.
De que serve o meu nome, se ninguém me chama,
Ou tudo o que eu faço, de que serve este drama?
 
De que serve a fortuna terrena e material
Se quem me espera em casa é um animal.
Ou de que me servem todas as mulheres
Se elas me dizem “paga se quiseres”.
Que fortuna tenho eu afinal
Que me deixa assim tão mal
Que me falta para eu ser banal
Que me falta para eu ser normal.
 
Tenho tudo o que todos querem ter
Mas não consigo ter o que eu quiser.
Pois não compro o que há de melhor
Que são as fortunas da companhia, respeito e amor.
publicado por sensei às 15:25

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Quinta-feira, 24 de Abril de 2008

Mulheres

Por muitas mulheres sofri

Por elas eu corri

A todas desejei

A todas me entreguei

 

Foram donas, foram senhoras

Deste corpo que possui

Foram todas criadoras

Dos sentimentos que neste copo diluiu

 

Com os seus corpos brinquei

Nas suas curvas me perdi

Não foi a todas que amei

Mas a todas não resisti

 

Tive mulheres altas e baixas

Loiras, ruivas e morenas

Tive pretas, brancas, asiáticas

Tive até mulheres romenas

 

A nenhuma, eu, paguei

Só brincaram com o meu corpo

Por algumas me apaixonei

E nessa altura é que tudo deu para o torto

 

O que adiantou eu as amar

O que adiantou termos prazer

O meu coração tiveram o dom de despedaçar

Quando uma só eu desejei ter

 

Essas curvas encantadoras

Onde várias noites me perdi

São curvas de Senhoras

Por elas algo eu senti

 

Hoje, sozinho e amargurado

Vivo afogado neste copo

Sou um ser amargurado

Já não sou aquele ser maroto

 

As curvas que hoje procuro

São as curvas da viola

Não as curvas das mulheres

Já não me rejo por essa bitola

 

 

publicado por sensei às 15:50

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Quarta-feira, 23 de Abril de 2008

Abraço

Não me importa de onde vens

Se moras perto ou longe de mim

Não me importa a cor da tua pele

Não te vejo diferente de mim

 

Não sei, nem quero saber

Se a tua religião é a minha

Se sempre comeste caviar

Ou se te criaram a água e farinha

 

Quero sentir o teu abraço

Quero sentir o teu amor

Quero enrolar-te num abraço

Quero que esqueçamos a dor

 

De que nos adianta lutar

De que adianta andar em guerra

No final habitamos o mesmo lugar

Todos nós somos donos da Terra

 

De que nos serve negar

O abraço a alguém

Todos nós temos amor para dar

E num abraço, até esse amor vem

 

Vamos abraçar alguém

Vamos abraçar com amor

Quero sentir o teu abraço

Quero sentir um abraço em meu redor.

publicado por sensei às 12:56

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Terça-feira, 9 de Outubro de 2007

Demência

Hoje vou correr

Saltar e gritar

Hoje não vou crescer

Hoje vou é brincar

 

Quero reviver a criança

Que tenho dentro de mim

Quero ter a esperança

Que ela nunca saiu de mim

 

Temos estado longe

Ela sempre escondida cá dentro

Eu guiado pelo relógio

A batalhar para chegar sempre a tempo

 

Hoje quero atrasar-me

Não ter com o que me preocupar

Quero criar amizades e zangar-me

Quero poder gozar e arrotar

 

Vou ser o miúdo

Que andava de bicicleta

Que dominava o mundo

E que não era careca

 

Vou jogar à bola

No meio da rua

Vou visitar a escola

Vou subir a rua

 

Vou percorrer os caminhos

A correr e a saltar

Caminhos que já não percorro

Porque só penso em trabalhar

 

Vou ligar aos amigos

Do tempo de escola

Convida-los para virem comigo

Convida-los para jogar à bola

 

Vou mergulhar no rio

Saltar da árvore da curva

Deixar de me interessar

Se a água está limpa ou turva

 

Vou beijar alguma miúda

Como se fosse a primeira vez

Mesmo que ela seja graúda

Vou perguntar-lhe se já o fez.

 

Vou dizer que sou amigo

De toda a gente que conheço

Dizer que amigos tenho muitos

Dizer que a todos eu mereço

 

Vou fazer juras de morte

A quem não me escolher em primeiro lugar

Vou ter vergonha da sorte

Vergonha quando uma miúda me olhar

 

Vou fazer juras de amor

Prometer amor eterno

Esquecer tudo em redor

Ser um príncipe efémero

 

Vou voltar a chorar

Vou voltar a sonhar

Não me vou preocupar

Mas vou ter medo e assustar

 

Mas eu quero fazer tudo isto

Para reviver o rapaz

Que movia todo o mundo

Que de tudo era capaz

 

Vou querer ouvir

A minha mãe a chamar

Enquanto me estava a divertir

Porque já era hora de jantar

 

Quero ver a cara de zangada

Que ela punha

Quando eu asneirava

E ele à força a ordem impunha

 

Quero ver o meu pai

Voltar de trabalhar

Sentar-se no sofá

E eu, desafia-lo para brincar

 

Quero estar com o meu irmão

Andar a bulha com ele

Brincar-mos em conjunto

E ganhar a roupa dele

 

Agora já sou grande

Já não sei a que cheira a terra

Conheço os valores das coisas

Mas aprisionada, a criança em mim berra.

 

Vou voltar á infância

À falta de consciência

Reviver e aproveitar

A falta de demência

 

Porque quando crescemos

Tudo se transforma e muda de aparência

Os valores perdemos

E ganhamos a demência

sinto-me: Criança
publicado por sensei às 14:05

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