Terça-feira, 30 de Setembro de 2008
Lado a lado
Estrada fora
Eu ainda a ti agarrado
Sabendo que o prazer já aqui não mora
Deitados
Depois de um longo prazer
Os corpos “magoados”
Tudo em nome do prazer
Rebolamos
Damos cambalhotas
Sei que nos amamos
E as roupas já estão “rotas”
As vestes no chão
No escuro da paisagem
Há roupa neste alcatrão
E as estrelas são como uma miragem
Como foi bom
Enquanto durou
Eu em cima de ti
Até que algo mudou
Revoltaste-te
Com a maneira como tudo “conduzia”
Tu guinas-te
Como dizendo que sofrias
Caímos os dois
Nesta dura estrada
Onde os teus faróis
Não me serviram de nada
Não vi o buraco
Que nos fez tombar
E um bom bocado
Nos fez rebolar
Mota querida
Mota que eu amo
És uma máquina ferida
Uma máquina com muito dano
As tuas “carnagens”
Desfeitas no chão
O mesmo que me provocou estas chagas
Este estúpido alcatrão
Que acidente
Que tombo
Que deprimente
Que rombo
Dói-me tudo
Este corpo magoado
Mas dói-me mais a alma
De a minha moto ter destroçado
Segunda-feira, 29 de Setembro de 2008
Não sei como explicar
Nem sequer se vale a pena
Por onde teria que começar
Onde daria inicio, eu, á cena
Talvez dizendo que estou triste
Ou se calhar que me sinto só
Com vontade de dizer a algumas pessoas “não me viste?”
Se calhar com medo de estar só
Ninguém me fala
Ninguém me diz nada
Comigo ninguém se rala
Nem sequer a minha “fada”
Tenho montes de contactos
Mas ninguém me vem falar
Será que eu sou como os cactos
E a gente tem medo de se aproximar?
Quando eu falo, respondem.
Mas gostava que me viessem falar
“Vocês gostam de mim? Demonstrem!!!”
Era isto que gostava de gritar
Acho que ninguém me quer
Estou sozinho e abandonado
Eu só gostava de ter
Um pouquinho de atenção, desse lado….
Sexta-feira, 26 de Setembro de 2008
Como me sinto só
Abandonado, sem saber para onde rumar
No lugar do coração um nó
Que teima em não se desatar
Porque não me larga esta constipação
Que invade o meu corpo
Que entrou pelo meu coração
E me deixou quase morto
O meu coração despedaçado
Onde desejas não morar
Foi o local indicado
Por onde esta constipação conseguiu entrar
Hoje dizes para me agasalhar
Para não apanhar frio
Mas fazes-me falta para o meu coração curar
Pois já sinto a vida por um fio
Não sei como encontrar a felicidade
Se me faltas a meu lado
É como faltar, de verdade,
Uma peça minha, ou me faltar um bocado.
Tive várias mulheres
Com quem me deitei
Tive muitos prazeres
Mas nem a todas amei
Hoje sofro o que nunca pensei sofrer
Sofro por uma mulher
Sofro por uma “bruxinha” que desejo ter
Sofro a cada dia que passo sem a ver.
Como me podes deixar assim
Eu sei que muito te magoei
Mas será mesmo este o fim
Tu sabes como te amo e amei
Dá-me uma oportunidade
Deixa-me fazer-te feliz
Só quero que saibas que te amo de verdade
E que me arrependo dos erros que fiz
Faltas-me tu a meu lado
Faz-me falta a felicidade
É como se me faltasse um bocado
Pois tu fazes parte da mim, de verdade.
Segunda-feira, 22 de Setembro de 2008
Não sei como te dizer
Como posso explicar
Mas tenho um desejo a crescer
É o desejo de te beijar
Como cobiço o teu sabor
Como cobiço o teu beijar
Agarrar-te com fervor
Dar-te um beijo de te tirar o ar
Como sonho com os teus lábios
Com a beleza que eles tem
Deve ser lábios bem sábios
Daqueles que beijam como ninguém
O desejo que tenho de te beijar
Cresce a cada momento
Parece uma fonte a brotar
E enche-me de contentamento
Como te desejo beijar
Como te desejo te ter
Gostaria eu de conquistar
Um beijinho desse lindo SER…..
Sexta-feira, 19 de Setembro de 2008
Não sei se já vivi tudo
Será que já algo por viver?
Eu sei que já não sou miúdo
Mas será que tenho que morrer?
O que fiz até agora
Não deixa registo nos anais da história
Acho que joguei a vida fora
Ou será que perdi a memória?
Tenho é medo de morrer
O que há do outro lado?
Será que ao céu irei ter
Ou o inferno será o meu fado?
A morte que não me procure
Que esqueça a minha morada
Que quando me vier buscar, um pneu fure
Ou que eu esteja com a minha namorada
Tenho medo que apareça
Com a foice na mão
E que eu subitamente adormeça
Sem ter tempo de pedir perdão
Acho melhor pedir já
Perdoem-me todos os que magoei
Eu acho que não sou uma pessoa má
Sou um ser humano, e muito errei
Tenho mesmo muito medo de morrer
Pois não reconquistei quem adoro
Espero que a morte me consiga esquecer
É só isso que imploro.
Segunda-feira, 15 de Setembro de 2008
O mundo pode acabar
Já nada me prende aqui
Pode o mundo acabar
Podem dizer que morri
Dizem que o primeiro amor é difícil de esquecer
Pois eu digo que difícil para mim foi-te perder
O mundo pode acabar
Hoje, amanhã, quando quiser
Pois eu não penso que vá mudar
E julgo que já não te irei ter
Como me custa não te ter comigo
Como me dói me teres só por amigo
O mundo pode acabar
Deixem tudo desaparecer
Deixem as rádios e as televisões de funcionar
Deixem os rios de para o mar correr
Pois eu tento correr para ti, que és o meu mar
Mas por mais que corre, já sei que não voltas a me amar.
O mundo pode acabar
Porque é que ainda não acabou
Será que só me quer castigar?
Ou será que ele nunca perdeu alguém que amou?
Quarta-feira, 3 de Setembro de 2008
Já lutei contra monstros e dragões
Já tentei oferecer-te corações
Não sei mais o que fazer
Para a ti te poder ter
Desejo-te como a mais ninguém
Pois só tu me fazes bem
Não sei como te explicar
Mas acho que te estou a amar
Desejo os teus lábios, os teus beijos
Este é o maior dos meus desejos
Desejo contigo estar
Desejo contigo namorar
Já não durmo nem como
Pois a tua falta tira-me o sono
Já não sei para onde me virar
Para te poder conquistar
Como posso roubar o teu coração
Como posso selar a nossa união
Contigo quero ficar
Contigo desejo até casar
Dá-me um beijo
Mata-me este desejo
Deixa-me fazer-te feliz
Como dizes que um dia eu te fiz
Dá-me esta oportunidade
De te fazer feliz de verdade
Dá-me um beijo de paixão
Deixa, por uma vez, falar o teu coração…
Terça-feira, 2 de Setembro de 2008
Quis ser arquitecto
Estudar aquilo em que era bom
Mas não foi falta de afecto
Não o fiz por falta de dinheiro, não falta de dom.
Deixei o desporto que gostava
Deixei por um que não era o meu
Para ver se uma pessoa alegrava
Para ver se assim lhe dava um pouco do céu
Fiz coisas que não queria
Fiz para alegrar as pessoas
Mas só fiz porcaria
Pois perdi muito mais que “coroas”
Queria voltar atrás
Reescrever a minha vida
Queria, por um momento fugaz
Ter de novo a minha bruxinha querida
Perdia por teimosia
Perdia por estupidez
Agora que eu sei que a queria
Agora ela fugiu de vez
Fiz-lhe muito mal
Fi-la sofrer
Isto não tem moral
Mas eu fi-lo sem querer
Queria uma segunda oportunidade
Queria somente poder provar
Que falo toda a verdade
Quando digo que só a sei amar.
Alguém me pode ajudar
Por favor, digam-lhe que mudei
Digam-lhe que não vivo sem a amar
Digam-lhe que sei que errei
Por favor, alguém me ajude
Perdi a minha bruxinha, o meu tesouro
Vale mais que todo o mundo junto
Vale mais que todo o ouro.