Quarta-feira, 28 de Maio de 2008
De que me adianta ter olhos, se não consigo ver
De que adianta ter ouvidos, se não posso ouvir
De que adianta te conhecer, se não te posso ter
De que adianta te convidar, se tu não podes vir
Não me adianta ter dinheiro para gastar
Se não tenho ninguém para me acompanhar,
Ou ter uma casa enorme para morar
Se não há ninguém para a ocupar,
Ter um barco enorme para navegar
E não ter onde nadar,
Ter carros e motos para guiar
E não ter ninguém para o caminho me indicar.
De que serve a minha fama, se ninguém me ama,
Ou morar num castelo, se não gosto da cama.
De que serve o meu nome, se ninguém me chama,
Ou tudo o que eu faço, de que serve este drama?
De que serve a fortuna terrena e material
Se quem me espera em casa é um animal.
Ou de que me servem todas as mulheres
Se elas me dizem “paga se quiseres”.
Que fortuna tenho eu afinal
Que me deixa assim tão mal
Que me falta para eu ser banal
Que me falta para eu ser normal.
Tenho tudo o que todos querem ter
Mas não consigo ter o que eu quiser.
Pois não compro o que há de melhor
Que são as fortunas da companhia, respeito e amor.
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Terça-feira, 27 de Maio de 2008
O mundo não é perfeito
Eu também não o sou
Sei que cada um tem o sei defeito
E eu, diferente, não sou
Mas desiludi-me com o que fiz
Desiludi-me com o que vivi
Desiludi-me com o que vi
E desiludi-me com o que ouvi
Estou desiludido contigo
Comigo e com toda a gente
Estou desiludido com a chuva
Com o vento e com o tempo deprimente
Como me desilude o meu trabalho
Como me desilude cada tempo livre
Como me desilude cada comida
Como me desilude muita gente amiga
Tudo me desilude por desiludir
Porque no fundo nada me seduz
Porque tenho que comer e onde dormir
Porque tenho água, gás e luz.
Como me desilude o meu egoísmo
De dizer que estamos mal
Como me desilude o nosso egocentrismo
De não olharmos para quem passa mal
Este jogo já não presta
Vou comprar outro melhor
Ou vou aquela festa
Enquanto outros morrem de dor
Já não tenho roupa da moda
Não tenho o que vestir
Que mentira, o armário está cheio
Nós, é que não o queremos abrir
Tou desiludido comigo
Com todos, em geral
Tou desiludido com o mundo
Que mais parece um mundo animal….
Quarta-feira, 21 de Maio de 2008
Ontem passei a noite toda ao piano
Á procura de algo que não achei, não de um engano.
Pensei que poderia compor e escrever a mais bela canção
Que fosse mais fácil de transpor o que me vai no coração.
Queria narrar o que passamos, o que vivemos a dois,
O que eu era antes contigo, e o que eu sou depois.
Mas a caneta não escreveu o que queria,
O piano não tocou o meu desejo.
Pois eu sei qual a melodia,
Qual a musica pela qual eu anseio.
Tentei dormir um bocado, mas não fui capaz
O espinho da minha cama a minha memória te traz.
Como gostava de poder dormir numa cama de nuvens
É algo que não vou conseguir pois dormir comigo já não vens.
O piano só chora o tormento da minha alma
A caneta só escreve que eu já perdi a calma
Agora sei que assim vou ter que viver
Pois o meu desejo de vida é mais uma vez de ter.
Quinta-feira, 15 de Maio de 2008
Dói-me a alma
De ver tudo terminar assim
Não consigo ter calma
Quando vejo que tu ditas-te o fim
O vazio no teu interior
O vazio a que me votas-te
Em mim causas-te muita dor
Essa dor que também tu já me sacias-te
De saber que já te tive
De saber que já te possui
De saber que em mim não te mantive
Mas acredita que não fui eu que fugi
O prazer que me deste
Quando na minha língua te senti
Quando forte te agarrei
É um momento que não esquecerei
O toque dos meus lábios em ti
O sentir do teu corpo
Os locais onde te possui
Esses locais de onde eu sai “torto”.
Porque teimas-te em terminar
Porque não nos amamos eternamente
Porque tinhas que acabar
Porque tinhas que acabar tão de repente
Custou-me, para aí um euro
Ter-te por breve instante
Tu que me transformas
Tu cerveja, meu amor distante
Agora foges de mim
Teimas em abandonar o meu corpo
Depois de me percorreres assim
Desde a boca, até quase ao escroto
Sais para não mais voltar
Desapareces nesse urinol
Misturada com a naftalina
Ou com pastilhas de mentol
Mas vai toda de uma vez
Leva até a ultima gota
Não me marques também as cuecas
Não te derrames na minha bota
Vai, amor infame
Vou-me entregar a outra bebida
Pois tu já não me excitas
Pois eu vou mudar de vida….
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Sexta-feira, 9 de Maio de 2008
O que te levou, homem,
A esse estado final
Onde já nem te importaste
Se fazias bem ou mal
O que leva alguém
A um estado mental
Que o faz não bater bem
Que o leva a um momento fatal
Será que foste abandonado por Deus
Ou raptado pelo Diabo
Porque nem aos teus disseste adeus
Porque escolheste esse final macabro
O que te ia na cabeça
O que te ia na alma
O que te levou afinal,
Afinal o que te levou a perder a calma?
Foi o álcool, que nunca deixaste
Foi o jogo que te empurrou
Ou foi todo o desespero
Que na tua vida se instalou
O que pode fazer com que alguém
Tenha coragem para se suicidar
O que faz com que alguém
Os seus seres queridos deseje abandonar
A loucura, talvez
A insanidade mental
Te levassem a desistir de vez
Te levassem a fugir do mundo carnal
Deus te guarde no teu lugar
Onde tu merecesses estar
Pois cá acabaste por te matar
E acabaste por muitos magoar
Será que pensaste na tua filha?
Será que pensaste na tua mulher?
Ou mais uma vez foste egoísta,
E só te importaste com o teu ser?
Terça-feira, 6 de Maio de 2008
És como és
Tens o teu Q de especial
Tens os teus encantos
Não te julgues uma pessoa banal
Pensa no que podes fazer
No que podes criar
No que consegues oferecer
Em tudo o que tu desejas amar
Não tenhas medo de viver
Porque tens medo de arriscar
O risco foi feito para se correr
Só assim é que se consegue amar
Do que serve o amor sem risco
Sem medo de se falhar
Do que serve amar sem ter medo
Sem medo contra o que lutar
Tenta viver o teu dia
Como se fosse o ultimo neste lugar
Pois não sabes como passas a noite
Nem sequer se amanhã vais acordar
Não tenhas medo de viver
Corre o risco que tens que correr
Pois no final tu vais ver
Que só assim sabe bem vencer.
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Segunda-feira, 5 de Maio de 2008
Sinto-me um homem feliz
Porque alegrei o fim-de-semana de alguém
Porque com o que eu fiz
Coloquei o sorriso na cara de alguém quem me quer bem
Como me fez ganhar o dia
Saber que o que fiz alguém gostou
Como se tornou importante o meu dia
Ao saber que o meu puto, e a minha mãe, adorou
Não foi nada de especial
Não foi nada que eu não quisesse fazer
Mas foi algo que no final…
No final, fez o meu coração tremer
Saber o orgulho da criança
Saber do sorriso no seu rosto
Saber que lhe proporcionei alegria…
Hoje, de rei, já posso ser deposto
Sei que ele não vai esquecer
Tudo aquilo que viu
Mas eu gostava que soubesse
Que a sua alegria a mim me atingiu
Obrigado puto, obrigado mãe, por terem feito que tudo tivesse outro significado
Quinta-feira, 1 de Maio de 2008
Será que sou careta
Ou que não me sei divertir?
Será que no passo de um marreta
E por isso sozinho me estou a sentir?
O que posso eu fazer
No que posso eu mudar
Será que ainda há tempo
Ou já passou o tempo de me remediar?
Porque, até tu, dizes que de mim gostas
Teimas em me tentar enganar
Pois nas noites em que saímos
Tens sempre que voltar para descansar.
Uma da manhã, é uma miragem
Regressamos sempre antes desse tempo chegar
Ou estás com frio, ou estás cansada
Ou será por não me quereres aturar?
Antes eram os teus pais
Que cedo te queriam ver chegar
Mas depois nada mudou
Nem mesmo, depois, de casa tu mudares
Será que sou eu que sou careta
Que mesmo no lazer sou um estorvo
Que te faço estar cansada
Que comigo nunca chegas a um dia novo?
Já não é a primeira vez
Que com outras pessoas ficas ate de madrugada
E me fazes ver
Que eu devo ser uma personagem amargurada
Comigo não há noites longas de lazer
Não há sequer tempo para ver a praça encher
Pois depois da tripa e do sumo
Pouco mais tempo a praça nos consegue reter.
Tens vergonha que te vejam comigo?
Qual é a desculpa agora?
Antes em ti acreditei
E nas desculpas que não deixavam passar da primeira hora.
Tenho pena, de verdade
De não ser a pessoa que desejas
Que não aguentes a minha presença
Que com a minha pessoa não te revejas
Espero que te divirtas
Espero que sejas feliz
Pois companhia raramente te faço.
Companhia raramente te fiz.
Sirvo para ajudar
Para ouvir os lamentos
Para não te sentires só
Para te proteger dos tormentos
De resto para que sirvo eu?
Para ser enganado?
Para rasgares promessas?
Para fingir que sou engraçado?
O que me dirás da próxima vez
Quando eu te convidar?
Vai ser o cansaço ou a falta de dinheiro
Que desculpa me iras dar.