Hoje eu desisto
Desisto de lutar
Desisto de esperar por ti
Desisto de te amar
Hoje vou mudar
Toda a minha forma de viver
Não sei por onde começar
Mas sei que por algum lado vai ser
Já esperei de mais
Por uma resposta tua
O meu coração não aguenta mais
Já é muita a amargura
Vou renascer
Deste amor bandido
Vou ter que crescer
Vou voltar a sentir-me vivo
Vou procurar alguém
Com quem possa ser feliz
Vou amar verdadeiramente alguém
Coisa que só contigo fiz
Se me vires a passar
Podes sempre falar
Porque só te acenar
É algo que me vai magoar
Estou aqui para ti
Não como tive até agora
Porque até hoje não vivi
Como já tinha vivido outrora
Já fui muito feliz
Já sorri de contentamento
Desde que te vi isso não fiz
Vivi unicamente no lamento
Lamentei não te ter
Lamentei não te conquistar
Hoje sei que assim terá que ser
É agora que vou recomeçar
Fecho o meu coração
A todas as mulheres
Pois eu tenho noção
Que não lhes causo prazeres
Aqui me despeço
De possível amante
Aqui é o começo
Da minha vida de errante
Amigo sempre serei
Não te vou abandonar
Pois só eu errei
Em tanto eu te amar.
Conheci-te, um dia
Quando te vi entrar
Mal eu sabia
Que o meu coração ias roubar
Os teus lindos cabelos
O teu lindo olhar
São tesouros tão belos
Que tentei conquistar
Correspondes-te á investida
E á cilada que te montei
Mas um beijo de despedida
Foi o máximo que arrecadei
Prometes-te uma tarde
Inteirinha para mim
E agora o meu coração arde
Pois não foi bem assim
Sais-te de onde estavas
Com uma tua amiga
Pensei que voltavas
Mas foi uma espera infinita
Volto amanhã
Foi o prometido
Mas a espera foi vã
E eu fiquei desiludido
Não se pode brincar assim
Com os sentimentos de alguém
Muito menos a mim
Essa atitude me faz bem
Tentei telefonar-te
Para saber se virias
Eu só queria beijar-te
E ver se desta não fugias
Mas o segundo beijo
Que pensei que íamos trocar
É um simples desejo
Que comigo, tu, não estás a partilhar
Tenho o coração ferido
Sangue a derramar
E o beijo prometido
Não vem para o salvar
Vou morrer deste amor
Que pensei existir
E é com terror
Que estou a, dele, desistir.
Se algum dia quiseres saber
O que tenho para te dizer
Vai até ao mar
Só o terás que escutar
Ele sabe quem sou
Ele sabe onde estou
Sabe onde me encontrar
E que nunca te deixei de amar
Sabe todas a loucuras
Bondades e travessuras
Sabe tudo o que eu fiz
Desde quando eu era petiz
Sabe de quem eu gostei
E quem realmente amei
Porque me escondi
E porque por vezes fugi
Sabe porque me ria
Quando ao longe o sentia
E porque eu chorava
Quando a meu lado ele não estava
Conhece-me como ninguém me conhecia
Conhece os meus momentos de dor e de alegria
Porque nele sempre confiei
E a ele tudo confidenciei
Ele levou para o esquecimento
Todo e qualquer lamento
Mas se fores tu a perguntar
Ele lá ao fundo o vai buscar
Ele foi quem me ajudou
Quando toda a gente me deixou
Foi ele que me ouviu
Quando toda a gente sumiu
Ele sou eu
Ele é o meu céu
Vai-lhe perguntar
Onde me podes encontrar
Eu sou o irmão maior,
E se calhar o pior,
Da estrela-do-mar
Que ele teima em embalar
Porque ele é enorme
De um tamanho desconforme
Mas ele sempre eu vou amar
O meu pai, o MAR
Habita em mim
O mal e o pecado
Que me faz assim
Um ser amargurado
A vida não me adoça
A maneira de viver
A vida na roça
É a vida que vou ter
Nas veias transporto
O liquido vermelho
Que por vezes entorno
Quando me falta o engenho
O coração bate
As pancadas do tempo
Por vezes a rebate
Por vezes a “destempo”
Lutei para crescer
Para poder “voar”
Agora criança gostava de ser
E para casa voltar
O mundo dos adultos
Que queria conquistar
É um mundo de insultos
Que teima em me desanimar
A sociedade
Que somos todos nós
É cheia de vaidade
Já não é como a dos nossos avós
Hoje eu luto para comer
Para poder sobreviver
Porque se amanha morrer
Sei que nada eu vou ter
Mas eu luto
E luto com afinco
Mas com um chuto
Para a rua vou, e não brinco.
Ajudo toda a gente
Tento todos fazer feliz
Por demente me têm
Não por ser infeliz
Porque riu e faço rir
Porque brinco e faço brincar
A infelicidade não deixo sobressair
Mas cá dentro sinto-a a aleijar
Mas não me adianta gritar
Porque no deserto parece que estou
Não sei como me orientar
Não sei para onde vou
Sei que não vou chegar e nenhum lugar
Sei que nada vou ter
Sei que nada irei conquistar
Se calhar, nada irei ser.
O tempo que passamos
Sei que não vai voltar
Esse tempo que namoramos
E que teimamos em terminar
Vi tempos de amor
Amizade e desejo
Mas tempos de terror,
Nem nos piores momentos, eu vejo
Tu és o meu mundo, Miguel
É contigo que quero estar
Sei que demonstrei que eras fel
Mas mesmo assim nunca te deixei de amar
Sei que rompemos o namoro
Se que cada um para seu lado foi
Mas sem ti eu morro
A tua falta no meu coração dói
Houve interesse noutras pessoas
Pessoas que sobrevalorizei
Mas para mim são simples pessoas
Pois só a ti te amei
Quero voltar para ti
Quero habitar o teu coração
Sem essa “casa” sinto que morri
Que morri sem o teu perdão
Tu és tudo o que desejo
Tu és todo o meu universo
Gostaria que tudo o que contigo anseio
Conseguisse tornar em verso
Sei que as palavras que escrevo
Podem nada te dizer
Mas tu és o meu trevo
Tu és o ar que me faz viver
Tu és o rio mais formoso
Tu és o mar mais cristalino
Tu és o chilrear mais fabuloso
Tu és o meu desatino
Tu és tudo o que quero
É contigo que quero estar
Eu por ti desespero
Só a ti eu sei amar
Este foi um poema escrito a pedido de uma amiga minha. Beijinhos fofinha, e que a tua amiga dê bom uso ao poema.
Hoje tive noção
Que sou mortal
Que tenho coração
Que também eu faço mal
Hoje magoei
Hoje errei
Hoje aniquilei
Hoje matei
Dei a estucada final
No amor que nos unia
Provoquei o seu final
Mas não me apercebi que o fazia
O meu egocentrismo
Não me deixou ver
E o meu egoísmo
Só me ajudou a te perder
Agora queria ressuscitar
O que havia entre nós
Mas não sei por onde começar
Já não ouço a tua voz
A voz que me amparou
Todas as quedas que dei
A voz que me ralhou
E contra quem eu lutei
Mas agora no final
Seu que a voz só me queria bem
Que fui eu quem fez mal
Que fui quem te perdeu, meu bem.
Adoro viver
E poder respirar
Ver as árvores crescer
E as flores a desabrochar
Ver os rios a correr
Por entre vales e montes
Ver água nascer
Para a podermos beber nas fontes
Ver o sorriso de uma criança
Que brinca despreocupada
E logo me traz à lembrança
Como fui uma criança amada
Ver velhinhos no jardim
A gozar o tempo que lhes sobra
Como eu gostaria de ser assim
Poder gozar o tempo para contemplar a obra
Ver no céu pássaros a voar
Livres como o vento
Vento que adoro ouvir soprar
Quando não é vento de tormento
O sol no alto a brilhar
As nuvens a voar
Os pássaros a chilrear
E o mundo sempre a girar
Como eu adoro viver
Como eu adoro o que sou
Mas porque todos temos que morrer?
Eu não sei para onde vou…
. ADEUS
. PORTUGAL
. SOZINHO
. Beijo